BOLETIM DA GRIPE

Alagoas registra tendência de queda para síndrome respiratória

Por Redação com Agência Brasil 18/11/2021 - 19:42

ACESSIBILIDADE

Agência Brasil
Boletim Fiocruz mostra Alagoas estável com casos de síndrome gripal (SRAG)
Boletim Fiocruz mostra Alagoas estável com casos de síndrome gripal (SRAG)

A incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população brasileira se manteve estável, segundo pesquisa divulgada neta quinta-feira (18) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A SRAG é um dos principais parâmetros para acompanhar a pandemia da covid-19, já que o vírus SARS-CoV-2 foi o principal causador das síndromes respiratórias graves virais ao longo de 2020 e 2021. Alagoas aparece na pesquisa da Fiocruz entre os estados com tenência de queda de longo prazo, ou as últimas seis semanas, para a síndrome respiratória.

Segundo a análise, divulgada no Boletim InfoGripe, a incidência de SRAG na população adulta se mantém nos menores patamares desde o início da pandemia, enquanto as crianças até 9 anos de idade continuam a apresentar crescimento no número de diagnósticos. A alta da SRAG entre as crianças, porém, não é causada pelo SARS-CoV-2 ( o novo coronavírus), e predomina nessa faixa etária a infecção pelo vírus sincicial respiratório.


Os pesquisadores explicam que esse aumento da SRAG causada por outros vírus está relacionado à maior exposição das crianças nos últimos meses. De acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, “a situação reforça a importância da revisão dos protocolos adotados no ambiente escolar, como avaliação da capacidade de ventilação e circulação de ar nas salas de aula, bem como distribuição e uso consciente de máscaras adequadas (PFF2)”.

O boletim mostra que a maioria das capitais está em macrorregiões de saúde com nível alto ou muito alto de transmissão comunitária do SARS-CoV-2. A transmissão comunitária se refere à circulação do vírus em uma população sem a necessidade de contágio de outras regiões.

Segundo a análise, dez unidades federativas estão com sinal de queda nas últimas seis semanas para a síndrome respiratória: além de Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Sergipe.

Já na tendência de curto prazo (últimas três semanas), Rio de Janeiro e Santa Catarina apresentam aumento puxado pelo crescimento da SRAG na população infantil, pressão que também ocorre em São Paulo e Distrito Federal. Em Minas Gerais e no Tocantins, o crescimento da SRAG entre as crianças já se reflete em um aumento de tendência de longo prazo.

O boletim informa que o estado do Rio Grande do Norte é a única exceção, com sinal de crescimento ao longo do mês de outubro nos grupos com idades entre 50 anos e 79 anos de idade e entre 20 anos e 29 anos de idade. Os pesquisadores indicam que a capital, Natal, também requer atenção, apesar de ter crescimento lento na tendência.


Encontrou algum erro? Entre em contato